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ANTENA FLUMINENSE DE NOTÍCIAS

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ONU, MORADORES, SOBREVIVENTES E ONGs. AMBIENTAIS & SAMARCO, VALE, BHP E GOVERNO FEDERAL. QUEM ESTÁ FALANDO A VERDADE?

por Cimberley Cáspio, em 28.11.15

Por Cecilia Jamasmie - reproduzido de MINING.com - editado p/ Cimberley Cáspio

 

        Imagem: Agência Brasil Fotografias

 

A gigante da mineração BHP Billiton (ASX: BHP) está questionando um relatório das Nações Unidas, dizendo que a lama e rejeitos derramados após o desastre da mina brasileira no início deste mês são altamente tóxicos.Contendo arsênio, altos níveis de chumbo, alumínio, crómio, níquel e cádmio,que foram encontrados nas águas do Rio Doce por uma equipe das Nações Unidas e confirmado pela Vale.

 

Agência dos Direitos Humanos da ONU também disse que a BHP e a Vale (NYSE: VALE) não tomaram às medidas necessárias para prevenir os danos causados ​​até agora por metais pesados ​​tóxicos e outras substâncias químicas presentes no meio ambiente atingido.

 

A agência disse ter "novas provas", mostrando que os 50 milhões de toneladas de resíduos de minério de ferro liberados da ruptura da barragem de 05 de novembro da Samarco continha altos níveis de elementos tóxicos, mas não conseguiu nomear os estudos que formaram à base para tal evidência.

 

"A escala do dano ambiental é o equivalente a 20.000 piscinas olímpicas de resíduos de lama tóxica que contamina o solo,os rios e à água do sistema de uma área de mais de 850 quilômetros", disse o Relator Especial da ONU sobre os direitos humanos e o meio ambiente, John Knox, no comunicado.

 

No entanto, ambas as empresas de mineração têm afirmado que a lama, que já atingiu o Oceano Atlântico, não é perigosa.

 

Todavia, a BHP divulgou uma declaração descrevendo os componentes dos rejeitos derramados no Rio Doce. Segundo a empresa, os testes realizados mostram que eles eram compostos de argila e silte de material da lavagem e processamento de terra contendo minério de ferro. "Com base em dados disponíveis, os rejeitos são quimicamente estáveis", disse a empresa. Eles não vão alterar a composição química em água e irá se comportar no ambiente como solos normais na bacia", acrescentou.

 

A Samarco emitiu uma declaração separada (em Português), indicando que novos testes realizados pela SGS GEOSOL Laboratórios após o incidente, confirmam que o resíduo não é perigoso para a saúde humana.

 

Enquanto isso, as ações da BHP perderam valorização de 3,7% em Sydney , fechando abaixo de $ 20, numa clara demonstração crítica da situação do desastre no Brasil, que reflete quedas acentuadas das ações da empresa australiana nas bolsas em todo o mundo.

 

Diante disso, os culpados confessarão o fracasso e incompetência, ou manterão os argumentos com relatórios de empresas de laboratório pagas pelos próprios responsáveis pela tragédia? Em quem confiar, se o inquérito policial e as provas periciais estão sendo "investigados" pelos próprios agentes causadores do desastre, com apoio do governo de Minas Gerais e da União? O governo brasileiro,dono da VALE, proprietária da SAMARCO, também jamais confessará que é parte culpada no problema por total negligência. E o final já é conhecido, a SAMARCO  irá sozinha pro sacrifício.Bom seria que os executivos da SAMARCO fossem presos e fizessem um acordo de delação premiada.

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