VIVER DE ILUSÃO TEM UM PREÇO MUITO CARO NO FINAL. ASTROS DE HOLLYWOOD QUE O DIGAM.
Por Cimberley Cáspio
Imagem:cededica.org.br
Enquanto quase 200 milhões de dólares em ouro saem do país para o mercado internacional,o arsênio e mercúrio vão destruindo a saúde das pessoas diretamente envolvidas no processo,seja industrial,seja artesanal.
A verdade é que infelizmente,o brasileiro pouco quer saber da sua saúde,ou da saúde alheia,e mesmo que tenha pouco tempo de vida,mas possa gastar um dinheiro de forma intensa,é o que importa. Comprar,se divertir e viajar. Se morrer na semana que vem,provavelmente vai dizer que viveu bem,mesmo acamado sendo torturado pela doença,ou morrendo jovem.
Enquanto o arsênio destrói a saúde do povo de Paracatú-MG,o mercúrio destrói o meio ambiente e os povos ribeirinhos da Região Norte,e o pó de minério,destrói a saúde da população de Vitória-ES, saúde e tempo de vida,é o que menos se pensa, afinal, a população e o governo tão nem aí. Se há emprego e capital, é o que importa. Saúde se compra. Mas se esquecem que a tortura sob uma cama,ou cadeira de rodas,pode perdurar por anos,antes que a morte chegue. E pior ainda quando a doença passa a ser um fardo,e o cuidador,geralmente parente,pede a Deus a morte do infeliz. Claro que graças a Deus há exceções,raríssimas,mas há.
Sendo assim,as riquezas do país vão se esvaindo; riquezas materiais e riquezas sociais,nisso,inclui-se a vida do povo brasileiro,que para muitos,talvez valha hoje R$ 1,99 ,ao mesmo tempo em que robustecemos empresas e povos internacionais,as custas da nossa ilusão com o progresso e desenvolvimento,os quais,destruíram nossa paz,tradições, alegrias,e vai destruindo nossa saúde com mais rapidez, nos matando as centenas a cada dia. E tudo isso, as custas da nossa ilusão com um bocado de dinheiro,que cega a nossa inteligência e nos torna escravos do século XXI.
É bom ter dinheiro,porém também é bom ter uma Pátria rica e sólida. Ter também saúde,longevidade,segurança,sem nos desligarmos e abandonarmos as tradições culturais,onde qualquer vida e máquina tem o seu tempo de velhice, as tradições atravessam gerações. E no que tange tudo isso,não sou adepto ao retrocesso,porém não abro mão da essência real de tudo que somos,e me nego viver iludido,apenas porque tenho dinheiro.